quarta-feira, 2 de outubro de 2019

O Remédio


O Remédio

Vs. 13b-14 – Paulo diz que a resposta para esses faladores indisciplinados e vaidosos foi para que eles fossem repreendidos “severamente, para que sejam sãos na fé”. O fato de Paulo dizer que eles poderiam ser corrigidos e tornados sãos na fé mostra que alguns desses mestres judaizantes poderiam ser verdadeiros crentes, mas estavam terrivelmente confusos. Um Cristão sério pode ser corrigido, mas o homem natural que não tem vida divina não pode ser corrigido (Jo 8:43; 1 Co 2:14). Aqueles que tinham vida precisavam de correção, não de excomunhão. Eles não deviam dar “ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens”; tais noções apenas confundem as pessoas e as “desviam da verdade”.
Vs. 15-16 – Paulo passa a falar dos mestres judaizantes que não eram crentes verdadeiros. Ele diz: “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis: antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-No com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados [inúteis – JND] para toda a boa obra”. Essa observação sobre todas as coisas serem “puras” para “os puros” tem sido frequentemente mal utilizada e usada para significar que as coisas que são ímpias podem ser usadas pelos crentes e eles não serão contaminados por isso, se sua mente for santa. Isto é falso. Certamente os Cristãos ficarão contaminados por coisas profanas. É por isso que Paulo disse aos filipenses que buscassem tudo que era “amável” e “puro” etc. (Fp 4:8). O que ele está falando aqui é que, como os puros (verdadeiros crentes) se deleitam com a pureza, os profanos (incrédulos) também se deleitam com o que é impuro, porque “seu entendimento e consciência estão contaminados”. Seus processos mentais são depravados; portanto, seus pensamentos seguem linhas carnais, e deleitam-se com isso. O argumento de Paulo aqui levanta a questão: “Como essas pessoas poderiam estar em condições de liderar os santos na ‘verdade, que é segundo a piedade’?” (cap. 1:1) Não é possível.
Esses enganadores precisavam ser identificados como tais e expostos. Eles seriam conhecidos por suas ações, pois a prática deles não combinaria com o que professavam. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-No com as obras”. Paulo não diz a Tito para corrigi-los, como faz com os do versículo 13. Isso ocorre porque eram infiéis que eram “abomináveis e desobedientes”. Eles eram incorrigíveis e “reprovados”. Algumas traduções interpretam os réprobos como “desqualificados” (NVI). Por suas más doutrinas e más práticas, eles realmente se desqualificaram de ter algum lugar na assembleia.

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