quarta-feira, 2 de outubro de 2019

As Qualificações dos Anciãos


As Qualificações dos Anciãos

Vs. 6-9 – Paulo passa a esboçar as qualidades morais e espirituais que um ancião deve ter. Antes de examinar essas coisas, seria bom observarmos que Paulo usa as palavras “anciãos” (AIBB) e “presbíteros [bispos] de forma intercambiável aqui. (Compare também At 20:17 com At 20:28 e 1 Pe 5:1 – JND com 1 Pe 5:2 – JND). Isso mostra que esses termos se referem ao mesmo cargo. Quando “ancião” é usado, enfatiza a maturidade e a experiência que o homem deve ter; quando “presbíteros [bispos] é usado, está se referindo ao trabalho que ele faz ao supervisionar e cuidar do rebanho. Paulo então declara os requisitos morais necessários de um ancião/presbítero:

SUA VIDA PÚBLICA

Quanto à sua vida pública diante do mundo (v. 6a), ele deveria ser “irrepreensível [livre de toda acusação contra ele – JND] (1 Tm 3:7).

SUA VIDA FAMILIAR

Quanto à vida em família (v. 6b), ele deveria ser “marido de uma mulher”. Ou seja, ele não deveria ser um polígamo. Um polígamo poderia ser salvo pela graça de Deus e estar à mesa do Senhor, mas ter mais de uma esposa o excluiria deste trabalho na assembleia. Seus múltiplos casamentos não representariam adequadamente a ordem moral que Deus instituiu na criação a respeito do casamento (Mc 10:6-9). Nem refletiria o modelo de Cristo e da Igreja (Ef 5:24-32). Ele também deveria ter “filhos crentes não acusados de falta de limites ou rebeldia” (JND). Assim, ele deveria ter uma família que cresse no evangelho e que seguisse o caminho da fé Cristã de maneira ordenada.

SUA VIDA EM ASSEMBLEIA

Quanto à sua vida na assembleia (vs. 7-9), ele deveria ser “irrepreensível [livre de toda acusação contra ele – JND] entre seus irmãos. Se os santos devem respeitá-lo como “despenseiro da casa de Deus”, eles devem, necessariamente, ver piedade e consistência em sua vida.
Se ele deve realizar seu trabalho de supervisão de forma bem sucedida, ele não deve ser caracterizado pelos seguintes traços negativos: “soberbo [cabeça dura – JND], “iracundo [impetuoso – JND], “nem dado ao vinho”, “nem espancador [violento – ARA]e “nem cobiçoso de torpe ganância [visando ganho por meios desonestos – JND]. Assim, ele não deve ser dominador, ou ter mau temperamento, ou gostar de álcool, ou ser violento ou comprometer princípios para ganhar dinheiro.
Quanto aos traços positivos, um ancião/presbítero deve ser: “dado à hospitalidade”, “amigo do bem”, “moderado”, “justo”, “santo [piedoso – AIBB] e “temperante”. Assim, seu lar deve ser aberto aos santos (Rm 12:13), ele deve se envolver pessoalmente com coisas boas e proveitosas (cap. 3:14) e se portar com dignidade e sobriedade em todos os assuntos (Ec 10:1). Ele também deve ser marcado pela justiça, piedade e controle próprio.
Por fim, mas não menos importante, ele também deve manter firme “a fiel Palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar [encorajar – JND] com a sã doutrina, como para convencer [refutar – JND] os contradizentes” (v. 9). Isso mostra que um ancião/presbítero deve conhecer a verdade e ter “um conhecimento prático” da Palavra de Deus, para poder “refutar” (JND) aqueles que se opõem a ela (1 Tm 3:2 – “apto a ensinar”). Nota: ele deve refutar os opositores, não por argumentos inteligentes fundamentados em inteligência humana, mas “pela sã doutrina” (2 Tm 2:14-15).
Observe também: nada é dito aqui (ou em qualquer outro lugar na Escritura) sobre a eloquência de um ancião, sua educação secular, sua perspicácia nos negócios ou seu status social na vida. Os Cristãos mundanos podem fazer muitas dessas coisas, pensando que são qualidades necessárias para um líder, mas essas coisas não são o que tornam um ancião/presbítero capaz. De fato, o sucesso nas coisas seculares pode ministrar ao orgulho de uma pessoa e dar a ele uma falsa sensação de importância. Sua capacidade como ancião não é medida pelo seu sucesso nos negócios, mas por sua espiritualidade e sabedoria prática.

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