quarta-feira, 2 de outubro de 2019

A Responsabilidade do Cristão em Relação aos Mestres Falsos e Cismáticos


A Responsabilidade do Cristão em Relação aos Mestres Falsos e Cismáticos

Vs. 9-11 – Paulo sabia que afirmar a verdade, como havia ordenado que Tito fizesse, certamente encontraria resistência dos mestres judaizantes que estavam lá em Creta (cap. 1:10). Antecipando isso, ele deu a Tito alguns conselhos simples, mas importantes. Ele diz: Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são cousas inúteis e vãs. Os mestres judaizantes amam discutir questões religiosas relacionadas à Lei, mas Tito devia ter o cuidado de não se envolver nessas discussões. Ele deveria evitar tudo o que era de natureza controversa em seu ministério; isso apenas o estragaria.
Paulo supõe que poderia haver alguém que iria ficar tão ocupado com estas questões inúteis que iria se tornar o líder de um partido que se organizaria em torno dessa causa. Essa pessoa manifestaria um espírito divisivo e deveria ser evitada. Paulo alertou os santos romanos sobre isso: E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre: e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos símplices [ingênuos – JND] (Rm 16:17-18). Nota: não é “noteis os que seguem em divisões”, mas aqueles que “promovem” divisões. Isso significa que devemos distinguir entre os líderes e os liderados quando um espírito de partido surge na assembleia. Se o líder do partido não se julgar, suas agitações levarão a uma divisão externa na assembleia, onde ele e seu partido se afastarão da comunhão dos santos e se reunirão em outros lugares. Ao causar uma separação externa, o homem provará ser um “herege”, que significa “um criador de uma seita”.
Muitos pensam que a heresia é sustentar ou propor má doutrina, provavelmente porque a maioria dos hereges sustentam má doutrina (2 Pe 2:1). Tornou-se convencionalmente aceito como tal na maioria dos círculos religiosos. No entanto, heresia realmente se refere à divisão dos santos. Sendo iludido, um herege acreditará que o que ele está fazendo é certo e bom e para a glória do Senhor – mas é claramente uma obra da carne (Gl 5:20). Uma “dissenção” é uma divisão interna entre os santos – uma partição (“cismas” 1 Co 11:18 – KJV margem). Enquanto uma “heresia” é uma divisão externa de santos que se separam e começam algo novo (“seitas 1 Co 11:19 – KJV margem). Um cisma, se não é julgado, se tornará uma seita. Paulo diz a Tito: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o; Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado” (vs. 10-11). Paulo não diz para a assembleia colocá-lo fora de comunhão, porque ele, por seu próprio ato de levar seu partido a se separar da assembleia, já está fora. Se Tito se deparasse com uma pessoa que liderou uma separação, ele deveria “adverti-lo” uma e outra vez. Depois disso, ele deveria “evitá-lo”, porque ele está “pervertido”.

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