A Relevância Prática da
Epístola em Nossos Dias
A aplicação prática dessa epístola é de
grande importância hoje, pois há um número crescente de assembleias Cristãs que
têm homens na posição de liderança que não têm, no coração, os melhores
interesses pelo rebanho. Essas pessoas precisam ser removidas e substituídas
por homens qualificados moral e espiritualmente para liderar as assembleias
locais. A pergunta é: “Como isso deve ser feito, já que hoje não há na Terra apóstolos
ou pessoas delegadas pelos apóstolos para designá-los?” A Escritura não indica
que isso deva ser feito da maneira que as assembleias formadas nas linhas
congregacionalistas o fazem – as pessoas votam em quem elas gostariam que
liderasse a assembleia. Por mais bem-intencionado que isso possa ser, a
democracia não é o caminho de Deus para o governo da Igreja. Tampouco a
Escritura indica que isso deva ser feito como as denominações episcopais – com
o chamado “bispo”, com autoridade sobre um grupo de assembleias em uma região,
que dita as regras e sanciona tudo nessas assembleias. A hierarquia criada pelo
homem também não é o caminho de Deus para o governo da Igreja.
A resposta está nas observações de Paulo
a duas assembleias que não tinham anciãos ordenados – Corinto e Tessalônica. Em
Corinto, a assembleia estava em um estado tão carnal que o apóstolo se absteve
de ordenar quando esteve lá. Em Tessalônica, todos eles eram novos convertidos,
tendo sido salvos apenas em questão de semanas (At 17:1-9) e, como tais, nenhum
deles era maduro o suficiente para esse papel (1 Tm 3:6). Mas escrevendo para
estas assembleias algum tempo depois, ele lhes deu um princípio
pelo qual os santos podiam conhecer aqueles que eram os líderes genuínos e,
assim, reconhecê-los como tais, mesmo que não tivessem sido oficialmente
ordenados para esse cargo.
É importante
entender que, independentemente de haver apóstolos (ou pessoas delegadas pelos
apóstolos) disponíveis para designar anciãos oficialmente, Deus ainda está
levantando homens pelo Espírito Santo para fazer esse trabalho em várias
localidades (At 20:28). E, em dias de fraqueza e falhas, mesmo que esses homens
possam não ter todas as qualificações morais para serem oficialmente designados
para esse cargo, se pelo menos eles realmente cuidassem do rebanho (1 Co 16:15-16;
1 Ts 5:12-13), os santos deveriam seguir sua liderança. Tudo o que é necessário
para os santos é que eles sejam encontrados em um estado de alma correto para
reconhecer esses homens por quem eles são e, assim, os ter “em grande estima e amor, por causa da sua obra” (1 Ts 5:13) e ser “submissos” a eles (Hb 13:17 –
ARA) e seguir os que nos “presidem” (1 Ts 5:12; 1 Tm 5:17). Quando isso é
feito, a assembleia terá os homens adequados e o problema da liderança da assembleia
será resolvido.
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