quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Uma Publicação VERDADES VIVAS

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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

APÊNDICE

Todas as versões da Bíblia em português não fazem qualquer distinção entre o caráter presente e o futuro da vida eterna como o fazem as versões de J. N. Darby e William Kelly.
Na tradução de J. N. Darby os versículos que se referem ao caráter presente (que traduzem como eterna vida) são: Mt 19:16, 29, 25:46; Mc 10:30; Lc 10:25, 18:30; Jo 3:15, 16, 36, 4:36, 5:24, 39, 6:27, 40, 47, 54, 68, 10:28; 12:25, 50, 17:2; Rm 2:7; 1 Tm 1:16; 1 Jo 2:25.
A tradução de William Kelly ainda acrescenta à lista acima quatro versículos (1 Jo 3:15, 5:11, 13, 20) que se referem ao caráter presente da vida eterna.
Os versículos seguintes se referem ao caráter futuro (que traduzem como vida eterna): Mc 10:17; Lc 18:18; Jo 4:14, 17:3; At 13:46, 48; Rm 5:21, 6:22, 23, Gl 6:8; 1 Tm 6:12; Tt 1:2, 3:7; 1 Jo 1:2; Jd 21.

Conclusões


Conclusões

A carta cumpriu seu propósito? Filemom respondeu favoravelmente ao pedido de Paulo e perdoou o escravo que voltou? A Escritura não dá a resposta. No entanto, é difícil imaginar que um pedido feito com um amor tão delicado e terno e uma graça diplomática teria sido recusado por Filemom. O amor nunca falha (1 Co 13:8). A eternidade nos dirá o resto da história.

Os Elementos do Evangelho da Graça de Deus São Ilustrados na História de Onésimo


Os Elementos do Evangelho da Graça de Deus São Ilustrados na História de Onésimo

F. B. Hole disse: “Não devemos deixar essa epístola sem perceber a maneira impressionante de como toda a história ilustra o que a mediação significa e envolve, ilustrando realmente a afirmação: ‘Porque um Deus, e um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem’ (1 Tm 2:5). Deus é o único ofendido pelo pecado; homem, o ofensor; o Homem Cristo Jesus, o Mediador.
Podemos nos ver retratados em Onésimo e sua triste história. Éramos também ‘inúteis’. Injuriamos a Deus e, consequentemente, éramos Seus devedores, tendo em vista que não podíamos pagar. Também ‘nos afastamos’ d’Ele, pois o temíamos e desejávamos estar o mais longe possível de Sua presença. Nossa alienação foi fruto do nosso pecado.
A mediação de Paulo entre Filemom e Onésimo ilustra, embora apenas levemente, o que Cristo fez. Não podemos quase ouvir o bem-aventurado Salvador falando assim quando, na cruz, Ele levou a culpa de nossas iniquidades e tomou o julgamento que merecíamos? Não devemos bendizê-Lo para sempre em relação a tudo o que nos era devido por causa de nossos pecados, quando Ele disse a Deus: ‘Ponha isso na Minha conta’?
No entanto, existe essa diferença: embora Paulo tenha que escrever: ‘Eu retribuirei’, mas nosso Salvador ressuscitado não usa o tempo futuro. Sua palavra para nós no evangelho, como fruto de Sua morte e ressurreição, é: ‘Eu a paguei’. Ele foi entregue por nossas ofensas e ressuscitado para nossa justificação. Por isso, é que, justificados pela fé, temos paz com Deus. Nesse ponto, portanto, a ilustração fica muito aquém da realidade ilustrada.
Nossa ilustração também falha nisso, que Deus não precisa de persuasão ao pleno exercício da graça, como era necessário no caso de Filemom. Ele é a própria Fonte da graça. Ele, no entanto, precisa de uma base justa para demonstrar Sua graça, assim como Paulo forneceu a Filemom uma razão justa de graça ao assumir todas as responsabilidades de Onésimo. A mediação envolve a aceitação de tais responsabilidades, para que seja exercida plena e efetivamente, pois somente então a graça pode reinar por meio da justiça” (Epistles, vol. 2, págs. 194-195).

Saudações finais


Saudações Finais

Vs. 23-24 – A carta termina com breves saudações enviadas por alguns dos “cooperadores” de Paulo – um dos quais também foi cativo com Paulo (Epafras).
V. 25 – Sua última palavra a Filemom foi: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. Amém”. Essa foi uma observação importante de despedida, pois Filemom precisava ter um espírito correto ao lidar com toda a questão da qual Paulo lhe pedia.

Sua confiança em Filemom


Sua confiança em Filemom

Vs. 20-23 – Paulo encerra seu pedido afirmando sua absoluta confiança de que ouviria uma resposta favorável de Filemom. Ele diz: “Sim, irmão, eu me regozijarei de ti no Senhor: recreia as minhas entranhas no Senhor. Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo”. Ele usa a palavra “obediência” aqui, mas não como obediência a um comando apostólico, mas ao chamado de Filemom ao dever Cristão. Examinando a carta, podemos ver como tudo isso seria irresistível para Filemom – um homem caracterizado por amor e fé (v. 5). Se ele estivesse propenso a se endurecer, ela teria derretido seu coração. O efeito do apelo gracioso e amável de Paulo deve ter sido irresistível.
Paulo encerra seu humilde pedido com uma pequena solicitação adicional para que Filemom preparasse (“prepara-me”) um alojamento para ele, pois esperava ser libertado e pretendia ir a Colossos, onde aparentemente nunca tinha visitado antes (Cl 2:1). Ele diz a Filemom que ele estava contando com suas “orações” para que assim fosse feito (v. 22).

O Compromisso Assumido por Paulo


O Compromisso Assumido por Paulo 

Vs. 17-19 – Paulo então faz um terceiro pedido a Filemom para receber Onésimo. “Assim pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo. E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves”. Ser considerado amigo ou camarada é uma coisa boa, mas ser considerado como um “companheiro [parceiro – KJV], como Paulo acreditava que ele era para Filemom, é uma coisa ainda maior. É assim que ele pede a recepção de Onésimo. Ele não pede apenas que seja recebido meramente, mas que seja recebido como Filemom receberia o próprio apóstolo! Este foi realmente um pedido ousado. O que Filemom deve ter pensado?
Se houvesse alguma suspeita latente no coração de Filemom, Paulo se apressou em apagá-la, prometendo assumir todas as obrigações pendentes que pudessem ter ocorrido. Ele diz: “se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta”. Ele não chama a ofensa de furto, mas se houvesse algo pendente da parte de Onésimo, Paulo se comprometeu de próprio punho, dizendo: “eu o pagarei”. Que espírito de graça Cristão! E que exemplo para os pacificadores! Podemos querer ajudar a curar uma ruptura pessoal que se desenvolveu entre os santos, e esse é um bom desejo, mas estamos dispostos a cobrir os custos que possam ter ocorrido?
Assim, vemos uma progressão na tríplice solicitação de Paulo de “receber” Onésimo. No versículo 12, ele pediu a Filemom para recebê-lo como um escravo arrependido que havia sido salvo. Então, no versículo 15, ele pede que ele seja recebido como um irmão amado. Mas agora no versículo 17, ele visa ainda mais alto e pede que seja recebido como o próprio apóstolo!
Como motivação adicional, Paulo acrescenta: “para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves”. Ou seja, o que fosse que Paulo tivesse pedido a ele, na verdade, Filemom era devedor a Paulo – ele devia a si mesmo a Paulo. A maioria dos expositores diz que isso é uma referência ao fato de que Filemom havia sido salvo por meio de Paulo e, portanto, ele havia recebido algo que o dinheiro nunca poderia pagar.